
Sempre me disseram que onde não há ordem, impera a desordem, e também que nós vivemos numa “baderna federal”, vendo os últimos acontecimentos que tomaram conta da nossa nação – mensaleiros, sanguessugas, bandidos, MST, MLST, CV, PCC, torcidas organizadas, etc. - fiquei me perguntando, afinal de contas, quem é que manda e quem é que bagunça esse país?
Explico, o país viveu nos últimos 12 meses um enxurrada de denúncias de corrupção, as mais célebres são a do mensalão, que não deu em nada, a não em rombo nas contas públicas, ou seja, nos nossos bolsos, e a mais recente, a máfia do sanguessugas, com suas mega-ambulâncias (mega no preço, não na qualidade), mais de 70 parlamentares estão envolvidos, sendo que entre eles, estão alguns mensaleiros absolvidos.
Há alguns meses atrás, o país testemunhou uma das maiores desordens já protagonizadas por um grupo militante, a invasão do Congresso Nacional pelo MLST, não se trata aqui de falar que ali só tem corrupto, que ninguém vale nada, trata-se da demonstração de afronta com o poder público e com a própria sociedade.
O MST nunca teve tanto trabalho como vem tendo nesses últimos anos, com invasões, saques, destruição de áreas produtivas, laboratórios, áreas de pesquisa, roubo de carga e de animais, e por ai vai.
As torcidas organizadas tem sido um “show” a parte, com destaque para as torcidas da região sudeste e do sul, ou seja, São Paulo e Rio Grande do Sul, por mais que digam que isso ocorre de norte a sul do país, o que sempre se vê é o terror praticado por tais grupos nos estádios, brigando, matando, invadindo, queimando.
O estado de Rondônia teve quase toda a sua estrutura legislativa e parte da executiva colocada na cadeia, e tudo indica que o judiciário irá fazer companhia, ou seja, a nata da organização do estado, organizada para roubar e pilhar.
O PCC é a bola da vez, conseguiu fazer de refém a maior cidade do país e uma das maiores da América Latina, São Paulo hoje é refém do medo e da insegurança, ataques a delegacias, quartéis da PM, do Corpo de Bombeiros, bombas em bancos e supermercados, ônibus incendiados, e o governo estadual além de se mostrar incompetente, é hipócrita ao recusar ajuda do governo federal, sob alegações políticas, e a população vai pagando por isso.
Analisando tudo isso, me pergunto de novo, quem é que manda nisso aqui? Analisando mais friamente, observei que ironicamente, a palavra de ordem vêm do crime organizado, principalmente do PCC, a estrutura dessa organização faz muito governo parecer piada – se já não o são – a estrutura criada para atender ao grupo, a arrecadação de dinheiro, a assistência aos familiares e membros, a preocupação com os “seus”, e principalmente o combate a corrupção, é claro, pois quem roubar ali dentro, morre sem direito a advogado, habeas corpus e outras artimanhas usadas por poderosos para escapara da justiça.
Em uma entrevista dada pelo líder da facção, o Marcola, ele afirma que: “Não adianta nos prender, se os criminosos mais poderosos estão no poder, se juízes, deputados, senadores e outras autoridades estão envolvidos.”, o PCC financia os estudos de garotos carentes e de muitos advogados para que trabalhem para a facção, cuida financeiramente dos familiares de cada detento integrante do grupo, arrecada e mantém um rígido controle financeiro, reinveste o que consegue, ora, isso tudo não é o papel de um governo?
Ou seja, o Brasil tem dois governos, um eleito democraticamente pela nação e que pouco faz por ela, e um governo menor, que desafia o maior, mas que cumpre o que deveria ser dever do Estado? Ironicamente, a palavra de ordem e organização da nação, ou pelo menos de “sua nação” vem do PCC, então por que não permitir que o Marcola se candidate a presidente da república? Pois se ele dirigir a máquina estatal com a mesma “competência” que dirige o PCC, esse país vai avançar e muito!
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